terça-feira, 20 de novembro de 2012

Santuário de Delfos

Teatro do Santuário de Delfos
 
 
Arena do Teatro Grego
Datando de cerca de V a.C., o Teatro comportava cerca de 5 000 espectadores.Foi construído no IV Séc a.C.e restaurado no ano de 160 a.C. e restaurado novamente pelos romanos.
 
 
O Teatro Grego
O Teatro Grego na época de sua existência tinha uma característica singular, era popular! Conforme se pode ver pelas ruínas, os teatros gregos eram enormes, com capacidade que variava em torno de 20 000 lugares e isso em comunidades como em Siracusa, Taormina e Agrigento, na ilha da Sicília e Éfesos ,hoje na Turquia, que não deveriam abrigar mais do que 40 000 pessoas em seu total. Para comparar a popularidade do teatro grego só poderíamos fazer com a do cinema e das novelas e séries de televisão no nosso mundo atual.Portanto podemos avaliar que o teatro grego tinha um grande efeito multiplicador das idéias e que só poderiam ser aceitas porque mobilizavam um grande audiência, como fica provada pelo grande tamanho destes teatros.Acho que assim a população grega clássica deveria ser bem mais informada do que talvez a maior parte de nossa população mundial contemporânea.
 
 
Teatro do Santuário de Delfos
Falar na popularidade do teatro grego pensa-se na sua qualidade como difusor de idéias e logo na  qualidade destas idéias em  comparação com as de nossa era.Basta lembrar a herança que os gregos nos deixaram, como Esquilo, o autor da peça que narra o parricídio e o incesto de Édipo.Como não acreditar no conteúdo de um autor deste e em sua obra!  Mas êle não era o único, segundo se sabe, chegou a ser superado num festival de Dionísio por outra genialidade, Sófocles o gênio precoce do teatro grego que arrebatou de Esquilo o primeiro prêmio da tragédia com 27 anos! Ou quem sabe Eurípedes,cuja genialidade chega a ser comparada a Giotto,Rafael, Miguel Ângelo e Bach em seu poder transformador!Êstes são nomes de 2 500 anos atrás e que até hoje são bem conhecidos, sendo que ainda algumas de suas peças são largamente encenadas por seus inúmeros  apreciadores.Portanto ficamos com uma incômoda impressão de que os gregos clássicos estavam bem mais  e melhor informados do que nós, nesta nossa fantástica era.
 
Vista do Teatro de Delfos enquanto subíamos em direção ao Stadium
 
 
Teatro de Delfos e um pouco abaixo o Templo de Apolo
 
Teatro de Delfos, o Templo de Apolo e o Túmulo de Dionysius
 Teatro de Delfos com capacidade para 5 000 espectadores, ficava logo acima do Templo de Apolo onde estava o Túmulo de Dionysius o deus patrono do teatro. Apolo era o deus da ordem, da civilização, da luz e das artes. No entanto Dionísio é o deus libertador, que nunca desce do céu e surge da terra. Dionysius por ser deus é imortal, portanto embora devordo pelas bacantes nas festas religiosas dos bacanais, ele continua vivo e surge sempre da terra e não do céu. Nos templos de Dionysius, na ilha de Delos,os pórticos tinham ao lado falos em ereção.Pois bem, Dionysius, é patrono também da poesia dramática, do ditirrambo e particularmente do teatro. Em nossa época o filósofo Artur Schopenhauer(1788 a 1860), entendeu o poder libertador da arte em sua obra ¨O Mundo Como Vontade e ¨Representação¨de 1818, pois bem, queiramos ou não, os gregos a mais de 2500 anos atrás, tinham consciência disso e atribuiam ao teatro um poder libertador, gerador de consciência.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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